Roni Quevedo

“VI-VENDO” e Sonhando

Por Roni Quevedo
Médico

Considerando os objetivos do “Projeto ‘VI-VENDO’ teste de visão para escolares de 5 a 14 anos de idade”, recebemos posição do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul: “O Conselho verificou, em parecer, que o projeto tem um cunho social relevante e que por meio desse teste é possível prevenir que deficientes visuais sejam encaminhados posteriormente aos oftalmologistas”. No mesmo parecer, o conselheiro do Cremers, Dr. Joaquim José Xavier, informou:
“Parabenizo o Dr. Roni, pois executa este projeto na íntegra, para promover a saúde visual da população infantil da cidade de Pelotas, evitando deficientes visuais ou cegueiras definitivas, pois sabemos que o tratamento precoce previne futuros deficientes visuais”, Revista Cremers, ano 12, nº 87, junho 2014.

Nosso relacionamento com o ambiente é 85% visual, padrão da cultura ocidental. Verbalizamos com frequência - “O meu ponto de vista”, “Ficar de olho”, “Sua visão de mundo”, “Fazer vista grossa”, entre outras... Restam apenas 15% para audição, olfato, gosto e tato (doutrina dos cinco sentidos criada por Aristóteles, com base nas forças da natureza).

A criança que nasce com defeito visual, jamais irá se queixar de que não vê bem, pois não sabe o que é a visão normal. Não é comum que façam referência a dificuldade visual. São mudanças importantes para crianças em crescimento, desenvolvimento intelectual e psicológico afetando sobretudo o aprendizado, rendimento escolar e a socialização.

Dados da Sociedade Brasileira de Oftalmologia revelam que a deficiência visual acomete, em média, quatro de cada cem crianças em idade escolar; 2% são estrábicas e esta é a principal causa de ambliopia (imprecisão da visão sem lesões orgânicas detectáveis dos olhos).

Em Pelotas, ano 2021, foram realizadas 22.690 matrículas na faixa etária de 5 a 14 anos na Rede Municipal. Considerando que 4% apresentam algum tipo de deficiência, é provável que aproximadamente 900 crianças ficaram desassistidas...

Considera-se que professores, alfabetizadores, pais e/ou responsáveis pela proximidade e contato com as crianças, sejam as pessoas importantes no processo de identificação dos possíveis problemas visuais destas crianças. Ao notarem qualquer tipo de dificuldade e/ou alteração apresentada pela criança, deverão de imediato encaminhá-la para realização do Teste de Visão.

Orientamos a Comunidade Pelotense a procurar o Campus da Saúde, ou as UBSs sob a gestão UCPel (Areal I, Fátima, Pestano, Py Crespo, Sanga Funda e União de Bairros) para agendamento ao teste de acuidade visual com Escala de Snellen para os Escolares que tenham entre cinco e 14 anos de idade.

Caso o teste mostre alguma alteração, a criança será formalmente encaminhada para avaliação por Oftalmologista do Ambulatório no Campus da Saúde da UCPel.

Na expectativa de alcançar nossos objetivos, buscamos alento com o saudoso e Amigo, poeta Joaquim Luís Duval: “Do sonhar. Não podemos perder a capacidade de sonhar, porque o sonho embala a vida alegra o canto, amadurece a felicidade e faz do amor. Uma possibilidade constante.” ​

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